Se tem uma coisa que as pessoas gostam de receber é algum tipo de convite, seja para casamento, formatura, festa, emprego, viagem ou namoro. De sorte que esse convite é para proporcionar alguma alegria àquele que o recebe.
Na Bíblia, não encontramos muitos tipos de convites. E os que encontramos não são tão prazerosos. Tomemos o caso de Abraão: antes de se tornar o pai das multidões, o avô de Jacó teve que deixar tudo que planejara (o seu futuro) para seguir uma voz “misteriosa” e ir a um lugar que nunca houvera ido (Gn 12.1-9).
Antes de ser abençoado, Abraão recebeu um convite para deixar a estabilidade e facilidade em que vivia. Ele morava em um local bom de se viver, mas saiu sem saber para onde ia, morando em cabanas com a esposa, o sobrinho Ló e, posteriormente, com o filho Isaac.
Quando convidados por Cristo para deixarem a atividade que faziam e segui-lo pelas ruas e desertos, Pedro e os outros discípulos não receberam nenhuma garantia de segurança, estabilidade ou ausência de doenças. Pelo contrário: teriam um duro caminho, além de deixarem os planos, trabalhos e famílias para seguirem um jovem com ideias “diferentes”. Onde estava o convite para uma vida vitoriosa e “próspera”?!
Não, eles não tiveram uma vida normal, pois foram “presos, apedrejados, tentados, mortos, desamparados, aflitos e maltratados”; não usavam roupas e sapatos da grife, mas “andavam errantes pelos desertos e montes” (Hb 11.36-38).
Quando lança o convite para alguém o seguir, Cristo não promete vida boa, com vitórias, prosperidade, milagres, orações e campanhas respondidas ou a realização de sonhos e projetos. Mas Ele oferece uma cruz e, antes disso, pede que a pessoa morra pra si mesma, deixe suas vontades, colocando-as nas mãos daquele que a criou. Só depois disso, alguém pode seguir e servir a Cristo (Mt 16.24).
Ao longo dos anos, Deus tem feito o mesmo convite a homens e mulheres. Muitos deixaram o emprego e a vida pacata; outros morreram de forma trágica, sendo enforcados ou queimados; alguns morreram na “flor da idade”, deixando famílias ou mesmo nem deixando! E há aqueles que não precisaram deixar nada disso, mas serviram ao Senhor com o melhor que tinham.
Mas o que impulsionou tais pessoas a deixaram seus sonhos, planos e futuro e aceitaram um convite tão árduo?! “E aqueles que dizem isso mostram bem claro que estão procurando uma pátria para si mesmos. Não ficaram pensando em voltar para a terra de onde tinham saído. Se quisessem, teriam a oportunidade de voltar. Mas, pelo contrário, estavam procurando uma pátria melhor, a pátria celestial. E Deus não se envergonha de ser chamado de o Deus deles, porque ele mesmo preparou uma cidade para eles” (Hb 11.14-16)
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