É (foi) uma experiência nova, marcante e singular. Conviver durante vinte dias com pessoas de várias partes do país, com culturas, linguagens, personalidades e sotaques diferentes. Havia até gente de outras nações: três moças da Noruega e um jovem e uma jovem do Paraguay e uma indiana que mora no Canadá – tudo isso gerou um embaraço de idiomas, uma verdadeira Babel: poiiiirta, báh, meu, joia, cariocassssssss, oi genteeeeeeeee, farinha, guaraná Jesus, buenos morning...Giovanna!!!!!!!!
Batistas tradicionais, presbiterianos independentes e “brasileiros”, metodistas, luteranos (na verdade só uma pessoa, Jaqueline!), assembleianos pentecostais (ou não!), neopentecostais, calvinistas, armenianos e até crentes!
Muitas pessoas. Tantas diferenças. Um objetivo em comum: aprender sobre Cristo, sobre nós mesmos e sobre os outros. Um treinamento que não buscou simplesmente fazer, criar ou formar líderes, mas que tinha o objetivo de mostrar quem somos de fato, e o que precisamos fazer para sermos parecidos com Cristo, amando a ele e as outras pessoas.
Não sei o que é mais angustiante: lembrar dos bons momentos vividos (amizades criadas, exposições bíblicas, conversas, discussões sobre gênero, louvor, comunhão, brincadeiras, futebol de casais não-casados, sociais, piscina, parte prática, Dom Pedro, Lar Luterano, serenata que não existiu e comidas!) ou saber que um encontro com todos os participantes é quase um conjunto inexistente... mas pra Deus, nada é impossível, inclusive fazer algo que não existe em algo existente!
Descer do monte das “maravilhas”, descobertas e aprendizado não é tão fácil. Sair da Matrix, da surrealidade, do inacreditável é algo desafiador, instigante, conflituoso, que gera crise. É como deixar a liberdade de estar na rua ensolarada e entrar em um labirinto escuro. Esse labirinto escuro provoca o surgimento de dois tipos de pessoas, com traços semelhantes, mas com atitudes e finais diferentes.
Uma é aquela que estava na luz, onde via tudo com facilidade e perspicácia e agora estar em frente a algo totalmente contrário ao que vivia. Mas há um fator interessante e que pode mudar a situação: ela já havia estado naquele labirinto. Ela contara com ajuda de outras pessoas, que possuiam lanternas e puderam passar pelo lugar.
Agora, é preciso passar novamente pelo labirinto. No entanto, desta vez ela está sozinha e a bateria da lanterna vai durar pouco tempo. Ela não sabe o que fazer. Até entra no labirinto e anda um pouco, mas a bateria dar sinal de um fim próximo. Ela percebe que não pode andar mais e decide dar meia volta, seguindo para fora do labirinto.
A outra pessoa é aquela que viveu a mesma situação da anterior: estava na luz, mas é preciso entrar no labirinto e a bateria da lanterna também está fraca. Assim como a outra pessoa, ela entra no labirinto e anda um pouco, até perceber que a bateria da lanterna está fraca.
Diferentemente daquela pessoa, esta não se preocupa com a escuridão que ainda deve percorrer, pois ela já havia passado por lá outras vezes com algumas pessoas que a guiava. Então, ela segue, tateando aqui, ali, até ver um pouquinho de luz. Depois de muitas dificuldades, escuridão, tropeços e solidão, a pessoa sai do labirinto e chega ao destino.
Talvez esse texto ajude... ou não! Ou apenas só “problematize”! O certo é que a vida depende de escolhas, atitudes. Dependendo de qual escolhermos, teremos as respostas que esperamos ou então as consequências indesejadas.
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