12 de junho de 2009

Depois de algum tempo


Sem dúvida alguma, a ABU é o dos maiores agrupamentos de seres diversificados, com pessoas de diferentes temperamentos e gostos: tímidas, tranquilas, extrovertidas; assembleianos, batistas, congregacionais, presbiterianos, etc.; flamenguistas, vascaínos, fluminenses, corinthianos, palmeirenses e até jamaicanos!

Há quem goste de música clássica e MPB; outros “curtem” rock, heavy metal, hardecore. Existem, também, aqueles que gostam de funk, pagode e axé, enquanto que tem gente que “quebra umas pedras”. Há ainda, algumas pessoas que, simplesmente, são bastante ecléticas, ou seja, “curtem” um pouquinho de tudo – com moderação.

Logo após a viagem que fizemos à Pedreiras, pude entender melhor o que é o Corpo de Cristo. Desde os primeiros encontros que a ABU tem feito, tem havido uma integração e interação entre os seus componentes. Se não, vejamos.

A primeira reunião em massa foi a vigília realizada na casa das Bonnas. Lá, tivemos o nosso inicial contato mais próximo, se comparado às reuniões dos núcleos. Cantamos, oramos, aprendemos, brincamos. No início de maio, fizemos o TIFS (Treinamento Intensivo de Final de Semana), no qual os abuenses (ou abusados!) se conheceram ainda mais. Chegado o momento da prática dos estudos, viajamos a Itapecuru-Mirim, para auxiliar os desabrigados pelas enchentes. Outra experiência bastante proveitosa.

Mas, creio eu, que uma das maiores experiências que as pessoas que participaram de todas essas atividades foi vivida nessa última viagem, rumo à Pedreiras.

A disposição e o pensamento eram únicos entre todos os viajantes. No entanto, como diz Shakespeare, “depois de um certo tempo você aprende...”. Por passarmos pouco tempo juntos, é natural vermos as qualidades e características louváveis de certas pessoas. Agora quer saber até onde vai a amizade entre cada um? È só deixar o tempo passar.

Depois de um certo tempo percebemos que fulano não é apenas engraçado, brincalhão, alegre: ele é, também, implicante, chato pra que alguma coisa seja feita, e exagerado...

Começamos a enxergar as “esquisitices”, os erros, falhas e medos dos outros. E é justamente aí que Cristo é mostrado em cada um.

O desejo de Jesus nunca foi que os seus discípulos, bem como os atuais cristãos, fossem iguais em tudo o que fizerem. Na verdade, o erro começa aí, quando pensamos que Deus quis ou quer igualdade. “Eu neles, e Tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e o mundo conheça que Tu me enviaste...”. Cristo orou ao Pai pedindo unidade, não igualdade.

Você não precisa ser igual nas atitudes que o seu irmão; não precisa fazer tudo que os outros fazem, se você não quer ou não as pode fazer. Quando surgem as diferenças, sejam elas de doutrinas, tradições, escolhas, time ou operadoras, devemos deixar Cristo reinar; pedir graça e amor para suportarmos uns aos outros, como escreveu o apóstolo Paulo. Não devemos fugir dos conflitos ou mesmo ignorá-los: é preciso enfrentá-los – e resolvê-los.

Viver em unidade: o maior desafio de todos nós, mas o maior desejo de Deus.
Oh! Como é bom e maravilhoso é que os irmãos vivam em união!”

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe sugestões, exprima sua alegria, sua insatisfação, divulgue, comente! :D