28 de dezembro de 2009

Natal: o que festejar

É véspera de Natal. São pouco mais das 15 horas do dia 24 de dezembro de 2008. Muitos estão aguardando o ônibus no terminal rodoviário de Anapólis-GO; estão voltando para “curtir” o feriado nacional com a família. Mas em um banco, na parte mais isolada do terminal, há um homem com uma pequena garrafa de “pinga” na mão e um cigarro na boca. Sua roupa não é uma das melhores; a bolsa também não.

O nome do homem? Paulo Roberto da Silva Pinto, 50 anos. Nascido na cidade do Rio de Janeiro, viveu boa parte da vida em vários lugares, até chegar em Tailândia (Pará), onde casou e teve três filhos. Saiu de casa há mais de um mês, após brigas familiares. “Fui tentar uma nova vida”, explica Paulo. Mas essa mudança pretendida não veio. Pelo contrário: dificuldades apareceram, destruindo os antigos sonhos e mostrando que seria bem mais difícil do que antes.

Ao contar sobre a família, não esconde a emoção quando lembra dos filhos e então, lágrimas escorrem no rosto. “É o maior bem que tenho; tudo que me dá força e vontade de voltar”, declara.

O hálito, ao falar, não é agradável, mas não tão grande quanto o sofrimento de passar o Natal longe dos filhos. Ele não pede esmola, pois acredita que enquanto tiver forças e saúde trabalhará. “Não sou mendigo, muito menos ladrão. Eu uso minhas mãos para conseguir o que quero”, revela.

Quando saiu de casa, não imaginava que a vida seria bem mais difícil; esquecia que apenas o sustento deixado aos filhos seria insuficiente. Paulo não pensava que a presença era muito mais importante que o dinheiro ou comida. “O pouco que deixei dava pra sustentar, fisicamente, os meninos, mas o carinho... não há como”, emociona-se.

Durante a conversa, Paulo mostra que conhece um pouco das Escrituras Sagradas. No entanto, isso não é suficiente para tirar a ideia de que não tem valor diante de Deus. “Eu não sou nada; como alguém se importaria comigo?”, questiona.

A conversa vai chegando ao fim, e o efeito da bebida é notado nas palavras de Paulo. Ele não aceita o pagamento de um lanche, mas “agradece pelos momento em que alguém o ouviu desabafar”. O homem já está cansado e não aguenta mais ficar sentado.“Deus abençoe a nós todos”, declara ao se despedir, deitando-se no banco.

O final dessa história? Ninguém sabe, voltei para São Luís e já faz um ano depois dessa conversa. Espero e oro para que ele tenha conseguido voltar pra casa. Mas assim como Paulo, milhares de pessoas passam o Natal da mesma forma. E quem se importa? Os shoppings centers estão lotados de pessoas que nem precisam de todas aquelas compras, mas fazem isso por "esporte".

E o "aniversariante"? Utopia. Quem é lembrado é uma pessoa que não há nem provas ou fé que se tenha exististido. E se nem o aniversariante é lembrado, quanto mais os outros convidados!

Mas, que "não seja assim entre vós. Que o maior seja como o menor", disse Jesus. "Cada um considere os outros superiores a si mesmo.Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas também para o que é dos outros. Que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, quem mesmo sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus..." (Filipenses 2. 3-6).

Além de nascer, Cristo que viver em nossos corações. E pra Ele viver, é preciso que morramos pra nós mesmos.

21 de dezembro de 2009

ABU no ABA!



Olá povo ABUsado!
Tá chegando a hora da festa do Ano: "ABU no ABA"!
Essa é a última confraternização da Aliança Bíblica Universitária (ABU) em São Luís. A encontro será realizado no Acampamento Batista do Araçagy (ABA), a partir das 19h do dia 29, com saída às 19h do dia 30.

O local possui piscina e amplo espaço, e fica localizado próximo à praia. Teremos lual, brincadeiras,café da manhã e churrasco. O valor do convite é apenas RS 10,00.

Obs.: O valor arrecadado será investido para alguns estundantes que participarão do Insitituto de Preparação de Líderes (IPL), entre os dias 10 e 29 de janeiro, na cidade de Campinas (SP).

Informações e convites: Adailton Polary 8152 7183
                                    Camila Pereira 8827 2611
                                    Eduardo Oliveira 8157 1145
                                   

1 de dezembro de 2009

ABU e o Final de ANO

Mais um final de ano se aproxima. Tivemos um 2009 repleto de trabalhos, dificuldades, problemas, mas acima de tudo, de vitórias, bençãos e um ano cheio da graça e do amor de Deus! Agradecemos a todos que participaram e cooperaram, direta ou indiretamente.

Maaaaaaaas... o ano não acabou! Por isso, ainda temos alguns compromissos para dezembro:

1. Dia 12 (sábado) - Bazar no Maiobão, a partir das 8h. Precisamos de material (roupas, calçados, acessórios, bijouterias, material de cozinha, escolar e até eletrodomésticos!), além da mão de obra de pessoas discponíveis. OBS.: Parte do dinheiro arrecadado será destinado para ajudar os candidatos que participarão do IPL (Instituto de Preparação de Líderes) da ABU, de 10 a 29 de janeiro de 2010. A outra parte será para os custos da região Norte.


2. Dia 12 (sábado) - Participação da ABU no I Encontro de Mocidade da Assembleia de Deus da área 52 (Cantinho do Céu - Bequimão). Nosso grupo terá um momento no culto para divulgação do movimento. Todos os que têm camisas da ABU é pra irem vestidos com as mesmas.


3. Dia 22 (terça-feira) - Sorteio de uma tela belíssima do abeuense e artista plástico Pablo Coelho, tamanho 70x50 cm (segue-se anexo da tela no e-mail). O valor da rifa é de R$ 1,00 (um real). OBS.: O total arrecadado será destinado aos candidatos ao IPL, por vontade e permissão de Pablo.


4. Dias 29 e 30 (terça e quarta) - Última confraternização da ABU, no Acampamento Batista do Araçagy. A chegada é pela noite do dia 29 e a saída, pela noite do dia 30. Não reclamem das datas, pois foram os únicos dias que conseguimos!!! Na próxima semana dou mais detalhes, mas vão se preparando!


5. Dia 31 - Cada qual na sua aldeia!!!! Ou não! Quem quiser, depois nos encontramos! Mas o legal é passar com o povo da igreja mesmo!

26 de novembro de 2009

Dias contados para o IPL 2010



A expectativa é a melhor possível. O clima é de alegria, entusiasmo, ansiedade e pouca paciência. E não estamos falando da reta final do Campeonato Brasileiro! Mas sim dos poucos (ou muitos) dias que oito universitário de São Luís esperam para a participação do Instituto de Preparação de Líderes (IPL) da Aliança Bíblica Universitária do Brasil (ABUB).


O encontro vai reunir 85 acadêmicos de todo o território nacional, desde Cocal (RO) até sul do Brasil, entre os dias 10 e 29 de janeiro do próximo ano, em Campinas (SP). Serão três semanas de treinamento intensivo, com o tema "Jesus, nossa salvação".


A ABUB é subdivida em seis regiões: Sul, SP/MS, Centro Oeste, Leste, Norte e Nordeste. O Maranhão faz parte da região Norte, com mais sete estados (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Piauí, Rondônia e Roraima). 


"Temos 12 canditatos (da região) em potencial para irem a Campinas e passarem três semanas sendo preparados para liderar, não somente grupos entre universitários, mas para serem formados e poderem duplicar a visão de Reino, a eveangelização integral e, acima de tudo, o compromisso com Cristo", disse o obreiro da região Norte, Fernando Costa.

Quem quiser ajudar nas despesas dos estudantes, que envolvem passagens e inscrições, basta entra em contato conosco:


  • Adailton Polari       8152 7183
  • Anne Beatriz          8827 1589
  • Caroline Batista      88510423
  • Eduardo Oliveira    8157 1145

25 de novembro de 2009

O convite

Se tem uma coisa que as pessoas gostam de receber é algum tipo de convite, seja para casamento, formatura, festa, emprego, viagem ou namoro. De sorte que esse convite é para proporcionar alguma alegria àquele que o recebe.


Na Bíblia, não encontramos muitos tipos de convites. E os que encontramos não são tão prazerosos. Tomemos o caso de Abraão: antes de se tornar o pai das multidões, o avô de Jacó teve que deixar tudo que planejara (o seu futuro) para seguir uma voz “misteriosa” e ir a um lugar que nunca houvera ido (Gn 12.1-9).

Antes de ser abençoado, Abraão recebeu um convite para deixar a estabilidade e facilidade em que vivia. Ele morava em um local bom de se viver, mas saiu sem saber para onde ia, morando em cabanas com a esposa, o sobrinho Ló e, posteriormente, com o filho Isaac.

Quando convidados por Cristo para deixarem a atividade que faziam e segui-lo pelas ruas e desertos, Pedro e os outros discípulos não receberam nenhuma garantia de segurança, estabilidade ou ausência de doenças. Pelo contrário: teriam um duro caminho, além de deixarem os planos, trabalhos e famílias para seguirem um jovem com ideias “diferentes”. Onde estava o convite para uma vida vitoriosa e “próspera”?!

Não, eles não tiveram uma vida normal, pois foram “presos, apedrejados, tentados, mortos, desamparados, aflitos e maltratados”; não usavam roupas e sapatos da grife, mas “andavam errantes pelos desertos e montes” (Hb 11.36-38).

Quando lança o convite para alguém o seguir, Cristo não promete vida boa, com vitórias, prosperidade, milagres, orações e campanhas respondidas ou a realização de sonhos e projetos. Mas Ele oferece uma cruz e, antes disso, pede que a pessoa morra pra si mesma, deixe suas vontades, colocando-as nas mãos daquele que a criou. Só depois disso, alguém pode seguir e servir a Cristo (Mt 16.24).

Ao longo dos anos, Deus tem feito o mesmo convite a homens e mulheres. Muitos deixaram o emprego e a vida pacata; outros morreram de forma trágica, sendo enforcados ou queimados; alguns morreram na “flor da idade”, deixando famílias ou mesmo nem deixando! E há aqueles que não precisaram deixar nada disso, mas serviram ao Senhor com o melhor que tinham.

Mas o que impulsionou tais pessoas a deixaram seus sonhos, planos e futuro e aceitaram um convite tão árduo?! “E aqueles que dizem isso mostram bem claro que estão procurando uma pátria para si mesmos. Não ficaram pensando em voltar para a terra de onde tinham saído. Se quisessem, teriam a oportunidade de voltar. Mas, pelo contrário, estavam procurando uma pátria melhor, a pátria celestial. E Deus não se envergonha de ser chamado de o Deus deles, porque ele mesmo preparou uma cidade para eles” (Hb 11.14-16)

19 de novembro de 2009

Carta a ABU de Imperatriz

E ao Núcleo da ABU em Imperatriz, escreve:
Isto diz o jornalista (com diploma), o primeiro (secretário da ABU de São Luís) e o último (filho do casal Oliveira); aquele que tem os olhos do Gato Mestre, sorriso de Ben Afleck e barba de Hugh Jackman:

- Eu conheci a tua cidade! Como tu és receptiva e amorosa (uuuuuuu)! Tu me recebeste tão bem na casa de teu servo Epaminomas e me destes comidas (nada) saudáveis, e isto é bom!

Durante uma semana pude aprender mais sobre nossa missão - ou não! Vi como realizas as reuniões e como fazes aliança com pastores e igrejas. Vi como se portas diante de trabalhos como ação social.

Digo a ti, servo Epaminomas: tu és carteiro, mas rico - pelo menos em relação a lipídios, glicídios, carboidratos, livros e patrocinadora oficial da Champions League! Digo mais: eis que em tua casa há uma porta que quando fecha, ninguém abre, e quando abre, não vacile praibói, não deixa fechar novamente!

Oh ABU de Imperatriz! Tu tens um bom gosto musical; escutas coisas leves (Bride, P.O.D., Pearl Jam, Metal Nobre, Oficina G3) e às vezes coisas normais (Brooke Fraser, Hillsong, Vineyard, Vencedores por Cristo).

Como me recebeste em tua cidade, também te receberei em minha terra - ou não! Mas tenho contra ti algumas coisas: pares de escutar Luís Miguel! Procures dormir mais cedo, e ores para o clima melhorar, pois pense num lugarzinho quente e sem vento - é tão calorento, que quando passava nas ruas, as árvores estavam se abanando!

Eis que volto sem demora (antes de IPL)! Guarda o que tens para que nenhum te roube, abestalhado! Ao que vencer (Flamengo, Palmeiras ou São Paulo) será campeão, além de ir para a Libertadores!

Quem tem ouvidos ouça o Mp3 - mas com parcimônia!

P.S.: Neozãããão!!!!!!!!!!!!

16 de novembro de 2009

É preciso perder





Nenhum time de futebol, muito menos o torcedor fanático, deseja ser rebaixado da elite dos torneios. A história, tradição, títulos e conquistas fazem com que essa ideia fique bem distante do pensamento de todos os amantes do futebol.

No entanto, a “queda” pode trazer benefícios e honra aos times e torcedores. Tomemos o exemplo do Palmeiras (caiu em 2002, mas subiu em 2004), Corinthians (desceu em 2007, voltou em 2009) e o recente campeão da série B do campeonato Brasileiro: o Vasco da Gama, que caiu em 2008, mas já volta a disputar a série A em 2010.

A vida cristã é um pouco parecida com esse assunto. Como qualquer torcedor (que o diga os flamenguistas), os cristãos querem sempre vencer! É preciso superar os desafios, problemas e não deixar que isso venha vencer, mas derrotar os “inimigos” e receber os troféus proporcionados aos vencedores. Não há espaço para perdedores!

Em uma sociedade que busca a qualquer preço os resultados instantâneos e a realização dos projetos e sonhos, a Igreja foge de sua responsabilidade e objetivo: a cruz de Cristo. Em muitos púlpitos (que já não são mais púlpitos!) o tema das mensagens são como o desejo do torcedor, que não vê os benefícios futuros da possível queda, mas espera somente vencer!
 
Cristo não viveu, muito menos ensinou, que a vida tem que ser de vitória em vitória, de ganhos e benefícios; Ele ensinou muito mais que isso. Disse que é preciso “renunciar a si mesmo, tomar a sua cruz (problema) a cada dia e, só assim, seguir a Ele”. Ensinou que devemos buscar em primeiro lugar a vontade do Pai, para que não aconteça da forma como queremos, mas “que seja feita a Tua vontade”.

O Sermão do Monte, bem como o lava-pés, o Getsêmane e o Calvário já não são tão atraentes para muitas pessoas. Exemplos como o do jovem rico,de Zaqueu (embora muitos dizem que querem ser subir “como Zaqueu...”) e o “menor no Reino” deixaram de ser citados, e quando alguém fala sobre os tais é para se referir às pessoas do “mundo”.

Nunca na história desse país (como diz o nosso presidente Lula), o Antigo Testamento tem sido tanto usado pelos evangélicos. Tradições israelitas do tempo de Moisés, Samuel e essa galerinha da vanguarda têm sido “reaproveitadas”, principalmente no que diz respeito às conquistas e “benças”: sete dias de jejum para obter a vitória, água abençoada, “profetize a vitória”, “toque na arca ou no altar”, “você foi ungido para vencer e herdar a terra”, “toda a tua descendência será abençoada”, vou lutar com Deus, pois preciso de uma benção e não vou desistir...

No entanto, esquecemos de lembrar outros momentos do Antigo Testamento: quem será capaz de entregar seu filho a Deus como Abraão fizera? Ou mesmo de se machucar ao “lutar” com Deus? Ou até de deixar a casa e os estudos para morar no deserto, longe dos amigos, da vida boa e da família, como fizera Moisés? De ser humilhado como fora José, Davi e tantos heróis da fé?

Pedro, Paulo, Barnabé ou Tiago não chamam tanta atenção para as pessoas de hoje. Para que citar alguém que, mesmo andando com Jesus, vivia errando, negou ao Mestre e depois morreu numa cruz (de cabeça pra baixo)?! Como se espelhar naquele que perseguiu a Igreja e depois viveu de forma “miserável”, sem usar os estudos, títulos, dinheiro ou mesmo a intimidade com Deus, para andar de casa em casa, cidades e países, sendo apedrejado, açoitado e preso, com um final nada feliz, morrendo sozinho?!

Em meio ao sistema maligno que domina o mundo e às ondas “cristãs” que surgem a cada segundo, fazendo forte apelo à não-renúncia e à prosperidade, à libertinagem, ao fim da família e ao homossexualismo, Deus procura os fiéis (Sl 103.6), os verdadeiros adoradores, capazes de deixarem de viver para que o poder e a graça de Cristo reinem e vivam nesses corpos mortais.

28 de outubro de 2009

06 de novembro: Dia Mundial do Estudante


A Aliança Bíblica Universitária do Brasil, como parte da Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos (CIEE), estará em oração no Dia Mundial do Estudante: 48 horas em um dia.

“Mais de 500 mil estudantes ao redor do mundo compõem a CIEE. Porém há milhões de estudantes que não conhecem a Jesus. Um dia, nós queremos ver testemunhas do evangelho em cada universidade, de Tonga a Tunísia, de Suriname a Samoa". 48 horas em oração representa o início do dia em Tonga e o fim do dia em Samoa. Esse dia de oração é um caminho que representa nossa dependência em Deus e nossa comunidade como família CIEE”, informou Sarah Middleton do escritório da CIEE, em Oxford. 


Separe este dia para seu grupo local interceder pelos jovens estudantes brasileiros e de todo o mundo.  

Fique atento ao site da ABUB. Disponibilizaremos material de apoio ao dia mundial de oração. Leia ainda a carta de convocação do secretário geral da ABUB, Reinaldo Percinoto.





Mais informações: www.abub.org.br

22 de outubro de 2009

Marcharemos cheios de coragem




"Marcharemos cheios de coragem; te seguiremos seja onde for.
Embora a dor nos cerque na viagem,
Marcharemos na coragem do Senhor..."

Não há como negar: a letra desta música é linda! Ainda melhor quando cantada com jovens apaixonados por Cristo, que buscam aprender mais de Deus em um treinamento...

Mas, passado o momento de nostalgia, comunhão e confraternização percebemos o "mundo real" em que estamos; é como se saíssemos da Matrix. Voltamos às nossas casas, à rotina e aos... estudos! Não bastasse isso - a "separação" - passamos a ter menos tempo para conversar com nossos bons amigos.

Começamos a fazer nossas tarefas diárias: trabalhos acadêmicos, estágio, emprego, igreja, namoro... Ufa! É tanta coisa que começamos a cansar! E o que é pior: tribulações, tentações (e tudo que termina em ditongo nasal) nos atormentam, deixando-nos mais flexiveis às duvidas e temores.

Não bastasse isso, chega um momento em que parece que nada dá certo. Um amigo não liga mais, não há tempo para dar "uma volta", é muita provação e parece que Deus só está assistindo tudo em sua tela de 10 milhões de polegadas, sentado em uma poltrona reclinável! Deus simplesmente não fala nada: "alô?! tem alguém aí?!"

Tudo isso gera uma crise nas pessoas e, automaticamente, nos grupos. Diante dessas circunstâncias, a única coisa que devemos fazer é olhar para o alto, pois de lá vem o nosso socorro! É preciso crer em Deus, amá-lo acima de tudo e buscar fazer a vontade Dele, sabendo que Cristo prometeu que não nos deixaria sós.

Na faculdade, na família, nos relacionamentos teremos aflições, temores, dúvidas e fraquezas. Mas tenhamos bom ânimo, pois Cristo já venceu! Que diremos então: se Deus é por nós, quem será contra?! Nada, nada, nada poderá nos separá do amor de Cristo!










"E quando a escuridão da noite descer
Queremos só pela graça e fé viver.
Com e esperança e com coragem, na alegria e na dor
Marcharemos na coragem do Senhor" 



Somente você pode fazer aquilo que Deus quer fazer por meio de você.

20 de outubro de 2009

ABU São Luís 40 anos: eu faço parte desta história






A ABU em São Luís está em festa: são 40 anos de missão, evangelismo e discipulado de estudantes universitários e secundaristas e profissionais. Os abeuenses já estão se movimentando para a realização deste grande evento.


Teremos a participação do bispo Dom Robson Cavalcanti, um dos pioneiros do movimento na capital maranhense. Robson é bispo da Igreja Anglicana de Recife (PE) e será o preletor no sábado.

Confira a programação do aniversário de quatro décadas da ABU ludovicense:

Programação:


Dia 31/10: Pregação do Pastor Lyndon na Igreja Presbiteriana Renovada do Maiobão (A reforma e os rumos atuais da Igreja Evangélica no Brasil)

Dia 07/11:

Pela Manhã - no Palácio Cristo Rei: palestra com Bispo Dom Robinson Calvalcanti, sobre os 500 anos de nascimento de Calvino



Pela Noite - na Igreja Presbiteriana Independente do Centro: grande comemoração aos 40 anos da ABU em São Luis. Presença de abuenses da região, das gerações passada e atual, da ABP e da ABS, com toda uma programação repleta de Louvores e Agradecimentos a Deus pela importância do movimento na Ilha.

Obs: Robinson é bispo da Igreja Anglicana e foi um dos que fundou o movimento aqui em são luis, junto com Dionisio Pape (já faleceu) e Djauma (hj mora em Recife-PE)

Dia 08/11:
Pela manhã - palestra na Igreja Congregacional: "Fé, terra e meio-ambiente" (Pr. Lyndon - Igreja Congregacional do Angelim, Ricarte Almeida Secretário da Cáritas Regional MA e Prof. Dr. Carlos Martines - Biólogo,UFMA)



Pela noite culto na igreja congregacional com Sermão do Bispo Robinson Calvalcanti.
Contatos:

Eduaro Oliveira: 8157 1145 (edu.deoliveira@globomail.com)
 Adailton Polari: 8152 7183 (adailtonpolary@hotmail.com)
Camila Pereira: 8827 2611

7 de outubro de 2009

Treinamento Intensivo de Sábado


A ABU (Aliança Bíblica Universitária) e ABS (Aliança Bíblica Secundarista) de São Luís realiza o Treinamento Intensivo de Sábado. Com o tema "Eu, Deus e meus estudos: os desafios na busca pelo conhecimento", o Treinamento será realizado na Primeira Igreja Batista de São Luís (Colégio Batista Ludovicense), no dia 17 (sábado), das 8h30 às 17h30.

Teremos oficinas de Estudo Bíblico Indutivo (EBI), de evangelismo, e de missão integral e movimentos. O valor é de apenas R$ 10,00, com direito a almoço e material das oficinas.

As inscrições podem ser feitas com:

Adailton Polari (UFMA): 8152 7183
Anne Beatriz (Ceuma): 8827 1589/ 8186 0411
Camila Pereira (UFMA): 8827 2611
Eduardo Oliveira (UFMA): 8157 1145
Emanoelle Ballata (FAMA): 8131 7460/ 8843 8334
John Beruto (FAMA): 3247 4026

17 de setembro de 2009

ABU FAMA

A FAMA (Faculdade Atenas Maranhense) agora tem um grupo da ABU.
As reuniões ocorrem toda terça-feira, das 20h30 às 20h45, no "bosque".
Contato: Érika Miranda - 8412-3519

3 de setembro de 2009

A vontade de Deus - o serviço cristão

Continuando a mensagem em série, queremos falar agora sobre o cristão e suas diferentes formas da atuar sob a vontade de Deus. Queremos falar sobre a vontade de Deus feita em nós, da maneira como ele quer.

Servir a Deus ou estar na presença Dele? Talvez a maioria absoluta das pessoas escolheria a segunda opção, se bem que acham que servir, também, faz parte. Na verdade, elas respondem assim devido a um exemplo bíblico de uma jovem chamada Maria.
Maria tinha dois irmãos (pelo menos até onde sabemos!): Lázaro e Marta. A Bíblia não entra em muitos detalhes sobre estes irmãos, mas queremos extrair algumas lições dos exemplos das duas mocinhas.

Em três momentos, encontramos algo sobre Maria (Lc 10.39-42; Jo 11.31-33; Jo 12.1-11). Com exceção da segunda passagem, podemos perceber a principal característica de Maria: ela era uma adoradora , que não se importava com o tempo, ou se os lugares permitiam sua entrada ou não; o que importava era estar “aos pés de Jesus”.

Não que ela fosse desleixada, imprudente, aventureira ou desrespeitosa. Pelo contrário, ela sabia que todas as outras coisas poderiam ser supridas ou suprimidas, caso ela estivesse junto ao Mestre. Sabia que estar na presença de Deus é um ato de serviço. Ela entendia o seu chamado.

Tomemos agora, a outra mocinha da família, chamada Marta. Esta, muitas vezes é vista de uma forma nada agradável por muitos cristãos. Ninguém quer se comparar a Marta; as pessoas se lembram dela apenas para se referir a alguém que anda atarefado ou preocupado.

Provavelmente, Marta era mais velha que Maria. Logo, a responsabilidade das tarefas diárias estava nas mãos de Marta, principalmente quando se recebia nada mais nada menos que o Filho de Deus, o Rei dos reis – que sempre levava mais doze machos consigo!

Assim como Maria, Marta é apresentada nas mesmas três passagens bíblicas. Isso prova a sua grande importância para Jesus, tanto quanto a outra irmã. O interessante é perceber que, nos três momentos, a primeira iniciativa sempre é de Marta: era ela quem recebia, acomodava e servia ao Mestre, dando-lhe um cafezinho, uma bolachinha e preparando o almoço para os doze homens e o Segredo!

Esta era a missão de Marta: adorar a Deus servindo-o! Tanto ela quanto Maria estavam fazendo o que deveria ser feito por ambas, cada uma com sua peculiaridade. Maria entendia isso, mas Marta, ainda não.

A problemática começa quando ela deseja que Maria faça o serviço dela (Marta). A função de Maria não era servir, era apenas aprender. E Jesus mostra isso à Marta .
- Marta, você está afadigada e preocupada com muitas coisas. Mas uma só é necessária...

Em momento algum Jesus quis dizer que o que Maria fazia era mais importante que o trabalho de Marta. Se não, estaria sendo incoerente consigo mesmo, refutando a ideia da unidade na diversidade, o exemplo do corpo com muitos membros (1 Co 12).

Devemos entender que é preciso que haja pessoas com diferentes dons, talentos e funções. Caso contrário, haveria um caos, pois uma tarefa acarretaria muitas pessoas, enquanto deixaria outra sem ninguém para realizá-la.

Cada cristão deve entender a sua função e ministério; entender a vontade de Deus no serviço cristão; entender que, se Deus lhe deu apenas um talento, é isso que Deus lhe deu! Temos que entender que, se fulano não é do “meu jeito” e não faz “aquilo que faço”, não o torna menos importante no Reino.

Devemos entender que cada um tem uma tarefa a fazer, e somente essa pessoa pode realizá-la; ninguém mais pode fazer aquilo que está proposto a você fazer!

Faça a sua parte, mas não se importe, zangue ou fique nervoso se você ver alguém que não está fazendo. Pois somente uma coisa é necessária.

31 de agosto de 2009

Viver

Viver e não ter a vergonha de ser feliz...
Parece redundância, mas viver é aproveitar a vida!
É saber aproveitar cada instante, cada momento e situação.
É não ficar preso às dificuldades
E estar pronto para enfrentá-las.

Seria fraqueza por nossa parte
Se ficássemos felizes apenas com os bons momentos
Seria negativo a nós
Se pensássemos somente no que não deu certo.

Viver é saber lidar com todas as situações
É saber equilibrar os momentos:
Não se conformar com o que não foi feito,
Não se exaltar com os planos realizados,
Sabendo que o sonho fracassado
É a chance para um outro começo.

Saber viver não é apenas curtir o momento,
Realizar os sonhos ou ter o par ideal
É entender que os sonhos, planos e desejos
Devem estar centrados no Pai celestial.

Saber viver é deixar de viver
É morrer pra si mesmo, entregar os desejos não mãos do seu Pai.
É entregar-se por completo
Como um rio chega ao mar.

É estar confiante em meio aos desafios,
Sabendo que mesmo que caia no caminho,
Aquele que o chamou pode então lhe levantar.

Saber viver é entregar a vida, os medos e temores
Nas mãos do Pai que um dia lhe criou;
É reconhecer seus pontos fracos,
Dizer que não é nada, frágil e debilitado
E mergulhar bem fundo no rio do Amor.

Não é fazer apenas o correto,
E estar livre ou isento de errar;
É, depois de falhar, buscar o acerto
Ter nas mãos um novo começo
E a chance de acertar.

Saber viver é amar a Deus em todos os momentos
Não apenas quando Ele fala com a gente
Quando as coisas dão certo,
Somos abençoados, entendemos sua vontade
E a sua presença se sente.

É entender que tudo ajuda para o nosso bem,.
Que somos mais que vencedores!
Que não importa o quanto falhamos, quantas experiências já temos:
O sol nasce pra todos,
O amor de Deus não morre!

Um dia Ele vai voltar
Tensões, medos, cargos, títulos: tudo vai acabar!
Sem nome no SPC, sem Campus pra pegar.
Adeus cadeira de férias!
Algo melhor me espera,
Lá vou eu pra meu lugar!

Não vou ter preocupação
Sem ninguém pra me atormentar
Sem a dor no coração
De enfrentar a decepção, após um “fora” eu levar.

Medo da morte não tenho
Muito menos do futuro.
Viver ou morrer?! Tanto faz!
Pois o viver pra mim é Cristo
Se eu morrer eu estou no lucro!

28 de agosto de 2009

A vontade de Deus - parte 1

Sabe, entender a vontade de Deus é algo nada fácil! É desafiador, instigante e, talvez, um dos maiores entraves vividos por aqueles que entregam a vida ao Criador. Algumas pessoas acham que isso é muito relativo, que depende da situação. Outros não concordam com essa ideia, mas dizem que é quase impossível viver sob a vontade de Deus.


Em se tratando de relacionamentos amorosos, é aí que o “bicho pega”, pois muitos entendem de diversas maneiras o que seria esta “vontade” de Deus. Ao longo da Bíblia, desde Gênesis a Apocalipse, encontramos passagens e exemplos que podem explicar sobre esse assunto. O primeiro caso é encontrado no início de tudo.

Ao analisarmos profundamente o texto de Gênesis 2.18-25, perceberemos algo mais que a criação da mulher: ali está o modelo de um relacionamento segundo a vontade de Deus. O Pai poderia muito bem ter criado Eva a partir do barro, assim como fez com Adão, bem na frente do homem, para que este visse o grandioso poder existente em Deus.

No entanto, a Bíblia diz que “[...] O Senhor fez cair um sono pesado (profundo) sobre Adão, e este adormeceu [...]”. O sono profundo equivale ao estado de anestesia ou mesmo o estado da morte: a pessoa não sente nada, nem sonha, apenas dorme profundamente.

Supomos, implicitamente, o que Deus fizera: “Adão, quero que você entenda que sou Eu quem faço as coisas pra ti, inclusive a tua mulher! Você não precisa fazer nada antes da hora, apenas durma!”. Penso que este seja o desejo de Deus a nós: que não façamos nada antes do tempo de Ele ordenar, apenas dormir.

Outro exemplo é encontrado ainda em Gênesis, agora no capítulo 24. É desta passagem que surgiram as expressões “O meu Isaac” e “a minha Rebeca” (expressões que denotam a pessoa ideal para um relacionamento), mostrando que o episódio é bastante sugestivo.

Isaac estava com 40 anos (equivalente aos 20 ou 25 atuais) e solteiro. A mãe havia morrido e a solidão era sua companheira diária. Sabia, no entanto, que confiar e esperar em Deus é a melhor escolha, como seu pai Abraão ensinara.

Não preciso contar a história toda, pois você deve saber (se não, procure ler!). Quero me centrar na forma como as coisas aconteceram. Abraão, o pai da fé, manda que o seu mordomo vá à terra que o patriarca nascera e traga a mulher de Isaac. É coisa de louco, mas o mordomo foi e trouxe a garota que casou com Isaac e teve dois filhos.

Abraão não sabia quem era a garota, mas tinha certeza de que Deus estava no controle. Isaac não sabia se a moça era bonita, “crente” ou se sabia cozinhar bem (sem machismos, viu meninas?!). Mas, como orava muito (Gn 24.63), entendia que esta era a vontade de Deus.

Rebeca não sabia se o jovem era forte, “marombado”, bonito ou tinha carro; nunca havia recebido uma carta ou cartão do rapaz; jamais recebera um torpedo “apaixonante”; não sabia se o rapaz era romântico ou rude. Entretanto, sabia que aquela era a vontade de Deus.

Percebe-se aí, que não foi preciso que Isaac, o homem dessa história, fizesse muita coisa para estar com Rebeca; não foi preciso que ele a conquistasse com belas palavras, rosas ou bombons. A conquista já acontecera (por Deus), mas a permanência dela veio depois, junto com o romantismo e tudo que um namoro tem direito. Mas isso, após a vontade de Deus.

Outro fator importante é o que Abraão diz: “Se a mulher não quiser te seguir, tudo bem, deixa de mão” (paráfrase minha). Ou seja, a vontade de Deus estava exposta, mas Rebeca tinha uma escolha a fazer: ou ia ou não ia! Ela possuía duas opções: iniciar um relacionamento desejado por Deus, mas no qual não conhecia o rapaz; ou não arriscar a juventude com alguém que não conhecia ou “amava”.

Esse último pensamento é o que mais permeia as mentes dos jovens cristãos, em especial das mulheres. Muitos pensam que para se ter um relacionamento com alguém é preciso se apaixonar (ou estar apaixonado) e amar essa pessoa; pensam que vão achar em alguém o amor que sempre procurou ou desejou. No entanto, o amor não se acha: ele se constrói; é construido e mantido por ambos os lados, e só o tempo, o passar dos tempos é quem vai dizer se há amor ou não.

25 de agosto de 2009

Janelas

Elas são sempre indispensáveis. Todo mundo tem uma que um dia desses foi muito útil. Numa casa, uma janela é sinônimo de ventilação, luminosidade e ao mesmo tempo de preocupação, por isso as grades de ferro são complementos necessários. Alguns as chamam de Windows!

Aqui em São Luis(MA), onde possuímos o maior conjunto arquitetônico português de casarões preservados no Brasil, as janelas são uma decoração à parte. Com arcos, esquadrias perfeitas, com madeira e vidro, fazem um contraste colossal com os azulejos ao receberem a incidência dos raios solares.

Se já é lindo olhar pra janelas bonitas, como não será olhar de dentro da casa por elas? Certo que nem toda vista é agradável. Por exemplo, na casa onde morava antes, a janela do meu quarto ficava próximo ao muro, e olhar o céu só se fosse numa pequena fresta acima do muro. Na atual, vejo mamoeiro, mangueira e coqueiros, além do belo nascer do escaldante sol. A vista é bonita, mas só consigo entrever pelos espaços que a grade de ferro não ocupa. Precisamos ver que tipos de grades estão tentando diminuir nossa visão. E ao mesmo tempo, que insegurança foi chumbada em nossos pensamentos e relacionamentos.

Não importa onde as janelas estão. Seja nos espelhados edifícios da Faria Lima ou da Paulista (SP), seja nas cinzentas janelas da Esplanada dos Ministérios (Brasília), ou a janela de uma lancha que conduz viajantes de cidades ribeirinhas, ou ainda janelas de um veículo. Elas têm dupla função: comunicação e proteção.

Podem servir muito bem em comunicar os de dentro com os de fora e ao mesmo tempo permitir que os de fora pareçam bobos ao olharem para uma janela espelhada, sem saber que os que estão do lado de dentro estão sorrindo do seu comportamento. Elas estão por todos os lugares da cidade, são pontos turísticos, podem servir pra alguém espreitar como anda a vizinhança ou ser palco de uma excelente conversa entre amigos. Ah, são muitas as utilidades delas!

Lembro-me que há pouco tempo estive ouvindo Paul Freston, um dos mais reconhecidos sociólogos cristãos da América Latina. Estive alguns dias saboreando das exposições bíblicas de Romanos pelo Paul. Mas tem uma analogia que não saiu até agora da minha cuca. Freston falou sobre dois tipos de liderança. Um tipo é comparado a uma “Janela opaca”, daquelas que não tem graça alguma de se ver, do tipo que não chama atenção, tanto pelo que obscurece de dentro pra fora, como pelo que não permite que seja visto por dentro.

Relaciono isso a uma questão de Justiça, Equidade e Verdade. Certamente você concorda que está faltando muito dessas características em boa parte da liderança cristã que conhecemos. “Por isso a justiça está longe de nós, e a retidão não nos alcança. Procuramos, mas tudo são trevas; buscamos claridade, mas andamos em sombras densas...ao meio-dia tropeçamos como se fosse noite; entre os fortes somos como os mortos”(Is 59.9,10 NVI). Assim como uma janela opaca obscurece ambos os lados, um líder ou até mesmo qualquer um cristão precisa ser comparado ao outro tipo de janela, às transparentes.

Líderes transparentes são aqueles que permitem serem vistos de fora pra dentro, como pessoas normais ou mesmo extraordinárias, em simplicidade e caráter aprovado. Pessoas “transparentes” são como janelas perante lindas paisagens: podem ser instrumentos que possibilitem a luminosidade fazer efeito.

Qual é a graça de se ter uma janela que não seja aberta diariamente? E o que dizer daquelas que por insegurança acabaram dando lugar a tijolos? Poderíamos parafrasear um texto bíblico muito conhecido: “As janelas são muitas, mas as transparentes são poucas, rogai ao Senhor que tire a opacidade e transforme-as em transparentes”.

Resgato o velho Isaías: “Aí sim, você clamará ao Senhor, e ele responderá; você gritará por socorro, e ele dirá: Aqui estou. Se você eliminar do seu meio o jugo opressor, o dedo acusador e a falsidade do falar, se com renúncia própria você beneficiar os famintos e satisfizer o anseio dos aflitos, então a sua luz despontará nas trevas, e a sua noite será como o meio dia...Você será como um jardim bem regado, como uma fonte cujas águas nunca faltam”(Is 58.9-11 NVI).

Quer um conselho? Passe a olhar as janelas de forma diferente a partir de hoje. Procure comparar o grau de transparência entre elas e não se esqueça que há dois tipos de janelas, também de líderes e ao mesmo tempo de cristãos. Ou somos opacos ou somos transparentes! E como diria o Chapelin: o final é você quem decide!



FERNANDO COSTA
Assessor da ABUB na Região Norte

24 de agosto de 2009

Nova diretoria




Como parte de uma nova fase, a ABU São Luís se reuniu neste sábado, 22 de agosto, para eleger novos integrantes da diretoria local. Isto porque, devido à graduação e contratempos de alguns membros, fez-se necessário realizarmos uma eleição extraordinária, já que o normal era que ocorresse no final do ano.



As funções que mudaram de integrante foram: Presidência; 2ª Secretaria; 2ªTesouraria e Secretaria de Literatura. As outras continuaram com os mesmos.



Com a participação de 18 pessoas, inclusive o nosso obreiro, Fernando Costa, as seguintes pessoas foram eleitas para compor a diretoria local até dezembro deste ano:



Adailton Polari - presidência



Haianne Yonara - 2ª secretaria



Carlos Eduaro Sampaio (Carlinhos) - 2ª tesouraria



Jaqueline Diniz - secretaria de literatura





Completam ainda a diretoria:



Carlos Eduardo Colins - vice presidência



Eduardo Oliveira - 1ª secretaria



Taysa Farias - 1ª tesouraria



21 de agosto de 2009

Novos grupos da ABU



São Luís está em festa: além das comemorações dos 40 anos do Núcleo da ABU, que serão realizadas na primeira semana de novembro,tivemos o "nascimento" de mais dois grupos na capital.Um na Faculdade Atenas Maranhense (FAMA) e ou outro na Faculdade Santa Terezinha (CEST).
O primeiro foi pela manhã. Chegamos às nove horas para começar. Não havia nada certo: os meninos não haviam conseguido um espaço, estava meio difícil. Mas pensamos: por que não fazer na área de vivência, nas mesas da lanchonete?!
Pois é, John Correa falou com a gerente da lanchonete e ela liberou. Adailton levou o violão, fizemos uma roda com umas sete pessoas. Começamos a cantar, meios desafinados e esquencendo a letra, mas, como sou entrosado e extrovertido (nem sempre!), contuamos a louvar a Deus! O pessoal ficou vendo aquela "arrumação", mas todos ficaram admirados, não com cara de espanto, mas de um certo "gosto". Algumas pessoas foram chegando...chegando... e quando fomos ver, a roda já estava o dobro de quando começamos!
Muitos cristãos ficaram animados, pois aguardavam esse momento há tempos. Cantamos, fizemos um minúsculo "relatório" sobre a ABU, além das apresentações, pois o tempo era pouco.
À tarde, fomos ao CEST. Lá encontramos nosso primeiro desafio: era preciso de uma autorização para um "bando de estrangeiros" entrarem naquela Faculade chic. Isso porque na noite anterior, uma estudante de outra universidade discutira com a direção do CEST, e essa garota era de um grupo evangélico, que já atua pelas noites.
Mas fomos para uma lanchonete na avenida e, na parte superior desta, fizemos nossa reunião, com quatro estudantes do CEST e mais uns seis da UFMA.
É bem verdade que alguns abeuenses estão se formando, mas já deixaram suas marcas na história da ABU! Após anos de oração, teremos a recompensa, pois "um é o que planta; outro o que colhe, mas Deus dá o crescimento".
Até aqui tem nos ajudado o Senhor!

3 de agosto de 2009


Se há uma coisa que tem ganhado espaço na sociedade brasileira nos últimos anos são os famosos reality shows. Importados da Europa e Estados Unidos, esse programas têm virado mania nacional, ainda mais em um país onde tudo que é estrangeiro vira “febre”.

O primeiro desse tipo foi o No Limite, estreado na Rede Globo, em julho de 2000. Os participantes, divididos em duas equipes, conviviam em uma floresta, realizando provas de resistência, sendo que ao final, teriam um vencedor.

Outro pioneiro foi a Casa dos Artistas, iniciada no final de 2001. Transmitido no SBT, o programa teve a participação de famosos como Supla, Bárbara Paz, Alexandre Frota, Mari Alexandre, entre outros. A idéia era assistir belas mulheres e homens conviverem com poucas roupas, namoros, e até outras coisas!

Mas quem fez sucesso mesmo foi o Big Brother Brasil. Tendo início um mês após o término da Casa dos Artistas, o reality foi apresentado na Rede Globo, entre os meses de janeiro e abril de 2002. A diferença está na ausência de famosos neste último. Kléber Bambam foi o vencedor de meio milhão de reais. Depois desta edição, foram realizados mais nove programas do BBB.

A Record procurou não ficar atrás e, no final de 2004, lançou o reality O Aprendiz. Apresentado pelo publicitário Roberto Justus, a temporada teve 15 programas. A idéia, entre outras, era ter um vencedor para trabalhar nas empresas de Justus. Atualmente, o programa A Fazenda é o novo reality show da emissora.

O mais interessante e intrigante é o objetivo desses programas. No domingo, me sentei pra ver um pouco do reality No Limite. Nunca tinha parado pra assistir ou analisar aquele programa. Fiquei estarrecido ao perceber o objetivo dos participantes das duas equipes.

Em uma das provas (para adquirir alimentos), ficou claro a individualidade de cada um. Era preciso fazer um percurso cansativo até o topo de um areal, sendo que a equipe vencedora teria direito a algumas galinhas. Foi dada a largada: alguns sairam na frente e chegaram também. Mas outros estavam se cansando, por isso alguns corriam juntos com aqueles.

Ao final, uma das integrantes não conseguiu chegar a tempo, o que ocasionou a perda do primeiro lugar, para decepção e tristeza dos membros da equipe. Ficaram pensando: “Se tivéssemos ajudado, ela teria chegado, e não perderíamos...”.
Ficaram tristes não pelo fato de a equipe não ter vencido, mas pelo fato de que cada um, individualmente, iria ficar sem comida. Primeiro o meu direito, depois, o da equipe. E isto é mais que normal em uma competição: uma pessoa entra pra ganhar; não há como ficar feliz quando o outro vence; numa sociedade moderna, isto é “conjunto inexistente”.

Tudo isso que as pessoas buscam ou fazem é o contrário do que o Mestre pediu que fizéssemos. Em um certo momento, Jesus é surpreendido por uma mãe que, assim como qualquer outra, só quer o bem para os filhos. Ela chega e pede que Cristo desse um lugar para os dois filhos no Reino. Sorrindo, talvez, Ele diz a ela que no Reino as coisas não são assim: isto cabe ao Pai.

Os discípulos ficam zangados: “Tão tirando o Mestre, é?!” Jesus, manso e humilde como sempre, acalma-os: Peraí gente. Vocês sabem muito bem por quem eles são dominados; os poderosos mandam neles. Mas entre vocês não pode ser assim, pois o que quiser ser importante, que sirva aos outros, e quem quiser ser o primeiro, que seja o escravo de vocês...”.

Ser o primeiro não era a frase favorita de Cristo. Por algumas outras vezes, o discurso vai se repetir. A todo momento chegava alguém perguntando: “Quem é o maior de nós, Mestre?”. E Jesus sempre respondia de maneira oposta aos questionadores. Esse foi um dos motivos que O levaram à morte: Ele não queria posições; a vontade do Pai bastava.

E conosco?! Como é difícil viver da forma como Ele pediu que vivêssemos. Mas não impossível, se não Ele não haveria falado “sede perfeitos, como é o vosso Pai”, ou “vocês só entrarão no Reino do Céu se forem mais fiéis em fazer a vontade de Deus do que os mestres da Lei e os fariseus”.
Cabe a nós, pelo menos, tentar sermos parecidos com Aquele que acreditou que poderíamos ser assim.

30 de julho de 2009

Compartilhando o Curso de Férias 2009

Tudo parecia incerto. Enquanto os dias se aproximavam do Curso de Férias em Marabá, a organização estava se apertando. Muitas pessoas desistindo, palestrantes, pessoas que iriam dar oficinas, expositores; até mesmo um convidado especial da diretoria nacional teve que, em seus últimos preparos, desistir da viagem. Há! Como realmente não sabemos o que Deus faz! Ele prepara grandes surpresas, e em mínimos detalhes cuida de sua obra, renova líderes e traz o crescimento dela. Ele capacita os incapacitados.

Assim podemos viver realmente dias de muitas surpresas naquele encontro. A animação não saía dos corações daqueles estudantes; gente nova, liderança nova, obreiro novo, tudo era novo! Os estudos sobre o Sermão do Monte foram essenciais pra todo o impacto causado nos estudantes. Oficinas, exposições bíblicas, grupos de discussão: tudo dirigido por pessoas que recentemente fizeram IPL(Instituto de Preparação de Líderes), ou por parte da diretoria regional.

As exposições bíblicas eram surpreendentes e empolgantes, dadas por nosso mais novo obreiro de tempo integral, Fernando Costa, e pelo Pastor Olavo, um pastor amigo convidado; cada um com seu olhar diferente sobre o sermão do monte enriqueceu ainda mais as exposições.
Senti palpável esse tempo de renovação dos grupos na região. Acredito que sessenta a setenta por cento dos participantes eram calouros de Curso de Férias, o que tornou tudo mais novo naquele tempo em que estivemos em Marabá.

Com o privilégio de fazer um curso dentro da floresta Amazônica (praticamente), fomos surpreendidos com vários bichos exóticos, até mesmo com os macacos, que não eram nem um pouco pequenos, que faziam a festa pendurados nas grandes árvores durante o por do sol, além das formigas gigantes, pica-paus, e uma linda vista para o rio Itacaiúnas, do local onde se realizavam as exposições.

Nas brincadeiras e na comunhão do grupo surgiram várias expressões como: “Você é um agente de milagres!”; “É disso que eu tô falando!”; “ou não!”, entre outras que tornavam o linguajar apenas um. A comunhão não excluía a liberdade nas brincadeiras, por temos tantas igrejas representadas.

Tivemos participação de um estudante de Boa Vista (Roraima), João Rafael, vulgo Big John, por ser o mais alto entre os participantes; de três jovens da Aliança Bíblica de Secundarista, representados por cidades diferentes, além de outras participações de estudantes que abriram núcleos em novas cidades.

O passar por algumas situações naquele lugar fez o curso mais impactante: o fato de as meninas terem que enfrentar uma cobrinha, sapos coloridos, aranhas, tornou os meninos mais prestativos para ajudarem na armação das redes e na organização do local. O servir era a parte essencial do curso: o lavar de banheiros, lavar de roupas, lavar de grandes panelas das refeições, além dos próprios pratos; o servir comida às pessoas na cozinha durante as refeições trazia grandes lições aos estudantes sobre o serviço.

Percebemos ainda que o que mais impactou os estudantes naqueles dias, além da comunhão entre eles, foram os momentos de silêncio reflexivo. Podemos compartilhar vários testemunhos que arrancaram muitas lágrimas dos participantes e dos que testemunhavam. Um mural feito por algumas meninas ajudaram no compartilhar daquele curso de férias.

Para fechar todos os momentos vividos, junto à santa ceia, compartilhamos de um milagre maior: o nascimento de um bebê na fé. Durante aqueles dias uma cozinheira que não conhecia aquela comunhão, amor e adoração tão profundamente e não tinha certeza do seu futuro foi surpreendida com a alegria de uma das estudantes que a ajudava colher alface e couve para salada e descascar laranjas para o almoço; o amor era visível nos olhos da estudante. Até que no ultimo dia, a estudante tomou a coragem de falar mais claro sobre o amor de Cristo e a decisão de segui-lo; a cozinheira tomou sua decisão, e aquela alegria compartilhada foi tamanha que arrancaram gemidos de alguns estudantes.

Ainda estou estupefata e surpreendida pelo que Deus fez naquele lugar, alguns diriam que fora o melhor CF dos últimos anos. Estamos felizes e alegres pelo que Deus fez no meio de nós, a minha sensação na volta era ter acabado de chegar do IPL. Pedimos oração para que aqueles dias estejam marcados na vida dos estudantes, e toda a alegria de servir e levar um comprometimento a sério da missão se estenda aos estudantes nas cidades em que retornaram. Agora, só nos resta agradecer a Deus por tudo que ele fez naqueles dias!

Por Tályta Henya
1ª Secretária da região Norte

29 de julho de 2009

CF Marabá: é disso que eu tô falanu!!!!


A Aliança Bíblica Universitária do Brasil (ABUB) realizou entre os dias 19 e 26 de julho, na cidade de Marabá (PA), o Curso de Férias 2009 da região Norte. Cerca de 40 universitários de cinco estados participaram do evento, visando a capacitação e treinamento de estudantes para evangelização nas universidades.


O tema deste ano foi “Ser ou não ser? Eis o cristão!”, baseado no Sermão do Monte (Mateus 5 a 7). Durante sete dias, acadêmicos e secundaristas de nove cidades estudaram sobre o assunto denominado como base do cristianismo. Para isso foram realizadas palestras, grupos de discussão, oficinas de evangelismo e de Estudo Bíblico Indutivo (EBI), além da confraternização e um passeio pela cidade.

No domingo (19), a diretoria da região Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Maranhão e Piauí) realizou o Conselho Regional (CR), para tratar sobre assuntos internos e administrativos, como a eleição da nova mesa diretora, a indicação para o Instituto de Preparação de Líderes (IPL) e a adesão de novos núcleos. Na sexta-feira, 24, os delegados de oito cidades elegeram a nova diretoria, formada por: Hilton Carlos (presidência), Jeannie Bonna (vice-presidência), Tályta Henya (1ª secretaria), Ítalo Vilander (2ª secretaria), Larissa Alencar (1ª tesouraria), Epaminomas (2ª tesouraria) e Carlos Eduardo Colins (Secretaria de Literatura).
Ainda no CR, os delegados deram a lista dos indicados ao IPL 2010, que será realizado no período de 10 a 29 de janeiro, na cidade de Campinas (SP). Confira os seguintes nomes indicados por São Luís: Adailton, Ana Paula, Anne, Camila, Carlos Eduardo Colins, Carolyne, Eduardo Oliveira, Hilton Carlos e Jeannie. Até o fechamento dessa edição, nossa equipe não dispunha da lista completa.


Boa Vista (RR) é o mais novo núcleo agregado à ABU, esperando apenas a aprovação no Congresso Nacional, com previsão para julho do próximo ano. Da mesma forma, a ABS (Aliança Bíblica Secundarista) de São Luís aguarda a confirmação no mesmo evento.


Na manhã do sábado, 25, os estudantes participaram da Santa Ceia, ministrada pelo pastor da Igreja Batista Bíblica de Marabá, Olavo Pereira. Pela tarde, veio o momento mais light (ou não!) do CF: o passeio pelo parque Zoobotânico de Marabá, com muitos animais, aves exóticas, onça, e até gente!


Em clima de saudades e emoção, os participantes se despediram no domingo (26). Alguns de ônibus, muitos de trem e um de avião (Big John), na esperança do próximo encontro em 2010, na certeza de que Deus é fiel para conservar uma união tão boa e agradável.

29 de junho de 2009

Não é razoável que deixemos a palavra e sirvamos às mesas

Talvez a grande dificuldade humana esteja em se preocupar com os outros. Estamos tão ocupados em buscar a concretização de nossos objetivos que não há tempo para sabermos como fulano está.

A procura pelo aperfeiçoamento, a dedicação em conseguir passar no vestibular ou concurso, a grande concorrência no mercado de trabalho e o interesse em realizar um sonho tão antigo são alguns dos nossos objetivos, o que, às vezes, pode até nos atrapalhar, deixando-nos decepcionados e estressados.

Não bastasse isso, a Igreja vive casos semelhantes. Os cargos, comissões e favores têm ganhado espaço no meio evangélico. Pessoas que se dizem cristãs buscam o seu próprio interesse, desviando-se assim, do que Paulo falou aos Filipenses (Fl 2.3,4).

Uns pensam que o simples fato de vestir-se bem, de ir ao templo todos os dias, de pertencer a uma família de origem evangélica ou, então, de ser “crente” de longas datas e possuir um cargo, pode lhe fazer melhor que os outros; que isso vai lhe dar mais “crédito” e privilégio diante de Deus.

Esquecem que o que agrada a Deus não é a boa aparência ou aquilo que uma pessoa faz. Não, o Criador nunca se deixou levar por isso. Fosse assim, não rejeitaria a Saul, ao dizer que o mais importante não é sacrificar, e sim obedecer.

O próprio Cristo nunca fizera nada para ser visto pelos homens. Pelo contrário, sempre dizia aos que eram curados que “não contasse nada a ninguém”. Em seus ensinamentos, em suas parábolas, o Mestre sempre falava que era preciso fazer as coisas pensando, simplesmente, nas pessoas que estão ao redor. Lavar os pés daquele que se diz amigo e pode me decepcionar; daquele que anda comigo só pelo que tenho e que pode me atrapalhar ou trair. Esse é o nosso desafio.

Termino esse pequeno texto com uma das partes mais lindas (e mais difíceis) da Bíblia:
“Nada façais por contenda ou por vanglória, mas tudo por humildade. Cada um considere os outros superiores a si mesmo. [...] De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que mesmo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Pelo contrário: aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens [...] e obediente até a morte, sendo esta de cruz. Pelo que o Pai o exaltou acima de todos, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, na terra e debaixo da terra”. (Fl 2. 3-9)

12 de junho de 2009

Depois de algum tempo


Sem dúvida alguma, a ABU é o dos maiores agrupamentos de seres diversificados, com pessoas de diferentes temperamentos e gostos: tímidas, tranquilas, extrovertidas; assembleianos, batistas, congregacionais, presbiterianos, etc.; flamenguistas, vascaínos, fluminenses, corinthianos, palmeirenses e até jamaicanos!

Há quem goste de música clássica e MPB; outros “curtem” rock, heavy metal, hardecore. Existem, também, aqueles que gostam de funk, pagode e axé, enquanto que tem gente que “quebra umas pedras”. Há ainda, algumas pessoas que, simplesmente, são bastante ecléticas, ou seja, “curtem” um pouquinho de tudo – com moderação.

Logo após a viagem que fizemos à Pedreiras, pude entender melhor o que é o Corpo de Cristo. Desde os primeiros encontros que a ABU tem feito, tem havido uma integração e interação entre os seus componentes. Se não, vejamos.

A primeira reunião em massa foi a vigília realizada na casa das Bonnas. Lá, tivemos o nosso inicial contato mais próximo, se comparado às reuniões dos núcleos. Cantamos, oramos, aprendemos, brincamos. No início de maio, fizemos o TIFS (Treinamento Intensivo de Final de Semana), no qual os abuenses (ou abusados!) se conheceram ainda mais. Chegado o momento da prática dos estudos, viajamos a Itapecuru-Mirim, para auxiliar os desabrigados pelas enchentes. Outra experiência bastante proveitosa.

Mas, creio eu, que uma das maiores experiências que as pessoas que participaram de todas essas atividades foi vivida nessa última viagem, rumo à Pedreiras.

A disposição e o pensamento eram únicos entre todos os viajantes. No entanto, como diz Shakespeare, “depois de um certo tempo você aprende...”. Por passarmos pouco tempo juntos, é natural vermos as qualidades e características louváveis de certas pessoas. Agora quer saber até onde vai a amizade entre cada um? È só deixar o tempo passar.

Depois de um certo tempo percebemos que fulano não é apenas engraçado, brincalhão, alegre: ele é, também, implicante, chato pra que alguma coisa seja feita, e exagerado...

Começamos a enxergar as “esquisitices”, os erros, falhas e medos dos outros. E é justamente aí que Cristo é mostrado em cada um.

O desejo de Jesus nunca foi que os seus discípulos, bem como os atuais cristãos, fossem iguais em tudo o que fizerem. Na verdade, o erro começa aí, quando pensamos que Deus quis ou quer igualdade. “Eu neles, e Tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e o mundo conheça que Tu me enviaste...”. Cristo orou ao Pai pedindo unidade, não igualdade.

Você não precisa ser igual nas atitudes que o seu irmão; não precisa fazer tudo que os outros fazem, se você não quer ou não as pode fazer. Quando surgem as diferenças, sejam elas de doutrinas, tradições, escolhas, time ou operadoras, devemos deixar Cristo reinar; pedir graça e amor para suportarmos uns aos outros, como escreveu o apóstolo Paulo. Não devemos fugir dos conflitos ou mesmo ignorá-los: é preciso enfrentá-los – e resolvê-los.

Viver em unidade: o maior desafio de todos nós, mas o maior desejo de Deus.
Oh! Como é bom e maravilhoso é que os irmãos vivam em união!”

9 de junho de 2009

ABU em Pedreiras


Mais uma vez, a ABU saiu de São Luís rumo a uma cidade afetada pelas enchentes no Maranhão. Agora, Pedreiras foi o local escolhido para assistência aos desabrigados. A chegada na cidade banhada pelo rio Mearim foi tranqüila, por volta das 11h, no sábado. A recepção foi na Igreja Batista, onde os irmãos nos receberam calorosamente.

O grupo era formado por alguns que já haviam participado da primeira viagem a Itapecuru (Adailton, Carlinhos, Eduardo, Kél, Priscila,) e por outras pessoas: Emerson e Jô (Ceuma), Carol, Dafne, Janayara, Marcos e Pablo da UFMA, além de Isaías, Áurea e seu Luis. Esta caravana era liderada pelo casal de missionários da AME, Róbson e Aline, vindos de São Paulo.

Qual o sentido dessas pessoas terem saído de suas casas e irem a um lugar distante, onde a situação de vida é bem precária? Se procurarmos, humanamente falando, não vamos encontrar.

Mas quando olhamos para a situação daquelas pessoas - que tiveram não apenas suas casas destruídas, mas a dignidade e os sonhos arruinados – lembramos de tudo o que o nosso Mestre falou, e de como Ele viveu aqui na terra: servindo aos outros.

As águas do rio já baixaram, mas o sofrimento apenas começou. Famílias estão sendo expulsas dos abrigos, sem ter ao menos um lugar para ir. E quando chegamos aos colégios para entregar as cestas básicas, podemos ver o descaso do Estado em relação aos mesmos: falta de higiene nos quartos; banheiros sem a mínima estrutura, pessoas doentes sem assistência médica...

É chocante para nós que moramos na capital e não somos acostumados a conviver com o fato. Houve momentos, durante as visitas às famílias, em que os nossos corações ficaram partidos com as cenas vistas nos abrigos.

No entanto, diante de tanto descaso e sofrimento, o nosso trabalho teve resultados surpreendentes: os sorrisos das crianças ao receberem bonecas, carrinhos e bombons. Muitas destas não entendiam o que haviam acontecido com suas casas, outras estavam tristes pro tudo aquilo. Mas naquele momento, por um pequeno instante, tudo foi esquecido, graças a um simples brinquedo artesanal.

Em outro momento, o mais animador e gratificante resultado do trabalho do grupo não foi obtido devido às cestas básicas ou mesmo aos presentes doados às crianças. Uma senhora agradeceu emocionadamente, dizendo que a prefeitura e a defesa civil já fizeram algumas entregas de alimentos, mas não daquela forma: com abraços, carinho e uma palavra de conforto. Não existe uma recompensa maior do que esta.

Na nossa volta, forças do Mal quiseram nos atrapalhar com a quebra do ônibus. Talvez com o pensamento que íamos desanimar ou ficar desesperados. E, confiando no Senhor, o grupo aproveitou o tempo de espera do outro ônibus, se conhecendo ainda mais, solidificando uma amizade que já havia começado.

27 de maio de 2009

O Possante


Era uma noite, mas não sei de qual dia. O pastor Getúlio tinha ido buscar seu carro em Tutóia, um Gol (1.6), que havia caído em uma pequena ponte naquela cidade. O estado do automóvel era triste: com a lataria toda amassada, o Possante, como é conhecido, possuía freio em apenas uma roda, estando sem para-brisas e faróis, além de o piso quase não existir. Não era muita coisa, mas vai dar de chegar - pensava o pastor. E o pior: ele tinha que sair pela noite.


Com um mecânico ao volante, o Possante deixa a cidade (Tutóia) onde tinha ficado após o acidente, rumo a Itapecuru-Mirim. Seu Roxinho, como é chamado por todos, é um experiente mecânico, que já está acostumado com a rotina dos trabalhos em sua oficina. Ele não gosta muito de sair da cidade, mas é o jeito, pois ele tem que fazer essa missão “quase impossível”.


O pastor entra meio assustado no carro: não era aquilo que ele tinha comprado, não naquele estado em que se encontrava o Possante. Mas sem muita cerimônia e reclamações, é preciso ir.


A estrada não possuía iluminação, além de haver pouca sinalização. Como não tinha faróis, foi preciso fazer um tipo de pisca-pisca para dar sinal de que havia um carro na pista: Getúlio pega dois celulares, e com as mãos estendidas pelas janelas, meio enrolado com o motorista, fica acenando com a luz dos aparelhos.


Já no meio da viagem, a cerca de 140 km/h, o pastor começa se preocupar, pois o carro estava em estado deplorável e o freio pegava apenas em uma roda! Mas a preocupação não era apenas nisso: Getúlio não tinha percebido, ainda, que o motorista usava óculos... e escuros!


- Seu Roxinho, por que o senhor está usando esses óculos escuros, se nós estamos em uma estrada sombria, a mais de cem por hora?!
- É porque eu sou cego de um olho, disse o mecânico.
Nessa hora, o pastor é tomado por um susto.
- Mas se o senhor é cego de um olho, por que então usa óculos? Pergunta o pastor, já tomado de apreensão.
- Eu enxergo apenas 20% com o outro olho.
O silêncio do pastor é rompido com a indagação:
- 20%? Não seria melhor tirar isso?
- Meu filho, imagine se um mosquito entra nesse olho?


Getúlio pede ao motorista que pare em uma oficina na cidade de Anapurus, para poder reparar os faróis do Possante. Já na oficina, o pastor fica preocupado, pois tem apenas 30 reais para percorrer mais de 200 km. Como ele ia pagar? Para sorte (ou não) de Getúlio, havia um irmão de uma igreja daquela localidade.


O pastor se apresenta e conta a situação para o irmãozinho.
- Meu irmão eu não tenho dinheiro para pagar a reparação.
- Não pastor, o senhor tem sim.
- Deus te abençoe...


O irmão olha para a cintura do pastor e vê um celular LG Chocolight.
- O senhor pode deixar esse celular como pagamento, refutou o irmão.


Getúlio olha para o celular que lhe custou quase quatrocentos reais, pensa... mas não tem escolha, pois ele precisa chegar em casa. Ao chegar à sua cidade, no outro dia, o pastor vai dar uma olhada no Possante. Mexe aqui, mexe ali e percebe que o conserto que custou o seu celular, nada mais era que a simples colocação dos fios dos faróis na bateria.

24 de maio de 2009

ABU em Itapecuru



A ABU esteve presente no último final de semana (16 e 17) de maio no município de Itapecuru-Mirim. Não, nós não estávamos fazendo um tour ou passeio. Não fomos àquele local com o intuito de conhecer um das cidades mais bem organizadas do interior. Nosso objetivo era apenas um: servir.


Após o TIFS (Treinamento Intensivo de Final de Semana) realizado no início de maio, com o tema “Ser[vo] é o bastante”, nada mais justo que colocar em prática tudo que aprendemos naqueles dois dias e, também, tudo que o Mestre Jesus tem nos ensinado.


No sábado, ainda em São Luís, começou o trabalho: todos em fileira transportando os alimentos e roupas para o ônibus. Agora, imagine essa situação quando se começa a chover?! Para o bem de todos não era forte, apenas um “sereninho” para acalmar o calor.


Ao chegar em Itapecuru e visitar as famílias desabrigadas, agora alojadas em colégios, todos levaram um choque, pois não estávamos acostumados com essa situação. Quando estávamos no ônibus (eu e Carlinhos) vestidos de palhaços para animar a garotada, e soubemos que elas ainda não tinham almoçado...foi entristecedor.


Mas buscamos força e alegria para poder fazer alguma coisa por aquelas crianças afetadas pelas cheias, que não estavam nem entendendo o que ocorrera. Fomo lá, e animamos (ou tentamos!) a criançada.


E ao ver as meninas da ABU (Anne, Jade, Janaiara, Jeannie, Kel, Priscila) carregando caixas, alimentos... é gratificante e animador! De fato, os abeuenses (ou abusados!) estão levando a sério o ide de Jesus.


O trabalho apenas começou. A obra é grande, os desafios também. Mas eu creio que cada um vai dar o melhor de si nesse projeto. E lembrem-se: “O poder está em vocês!”.

9 de abril de 2009

EURECA

Quem não conhece esta expressão do matemático Arquimedes (287-212 a.C.) ao se dar conta que existia o "empuxo"? Ou quem nunca ouviu falar em insight? Pois bem, já que o termo é bastante comum à maioria de nós, a necessidade de um exame mais acurado está dispensada. Alguém já disse: “idéias? Só a partir das coisas!”

Cada momento que avançamos tecnológica e politicamente, a palavra idéia recebe sempre enfoque extraordinário. Nas campanhas eleitorais ela (Idéia) parece ser arma dos mais estratégicos e ao mesmo tempo bomba nas mãos dos aventureiros. Já ouvi de tudo, desde candidato prometer fazer um metrô em São Luis (Ma) e o povo dizer “se fizer vai afundar a ilha”; até candidata que não conhecia a comunidade de Tauá-mirim, prometer acabar com a falta de transportes asfaltando a estrada até lá, mas sem saber que a dita Tauá-mirim é na verdade uma ilha. É por isso, que defendo: idéias? Só a partir das coisas!

Uma coisa que não podemos negar é que sempre aparecem novas idéias na política, religião, sociologia, mídia e economia. Todavia, acabam esbarrando nas velhas estruturas. Por exemplo, um prefeito chega todo empolgado no começo do mandato e não consegue fazer muito, pois a estrutura do legislativo não lhe é favorável já que tem a minoria. Novas idéias, velhas estruturas!

Na economia também acontece. Que tal a crise que está aterrorizando os mercados e fazendo as “bolsas” não suportarem o peso dos rombos nos bancos de investimentos e rebentarem a “alça”? As idéias boas, como as dos países emergentes, de se distribuir renda, investir em combustíveis não fósseis e pedir para os países mais ricos baixarem os impostos de importação sempre tendem a encontrar a velha estrutura do G8, que por sinal, a Rússia só faz parte porque tem bomba atômica e todo mundo “morre de medo de morrer”. Enquanto os países ricos criticavam o Brasil, dizendo que o Biodiesel iria fazer os agricultores deixarem de plantar arroz e feijão para plantarem mamona, esqueceram de questionar os bancos que eram considerados os mais seguros da via láctea. Ora, ora. Se não é o Estado para socorrer os Bancos privados, em poucos dias eles já estariam “privados” de existir. A velha estrutura frágil por trás da arrogância financeira.

O que dizer da velha estrutura eclesiástica que mantém vivo alguns oligopólios denominacionais e que para se auto-sustentarem necessitam repelir as idéias “quentinhas” saídas de “fornos super aquecidos de motivações? Quem nunca viu uma excelente idéia ser lançada no “mar do esquecimento eclesiástico” só porque não surgiu dos velhos da estrutura? Ou mesmo, uma idéia partir de um cérebro e condecorar com uma medalha o peito de outro? A velha estrutura eclesiástica é mais antiga e depravada do que possamos imaginar.

Basta parar um pouco para pensar, ler bons livros e concentrar-se no que está fazendo que logo ela aparece. A Idéia, seja ela boa ou má, é muito fácil de ser criada, o difícil mesmo é vencer as velhas estruturas que estão lá, só esperando surgir uma nova e brilhante idéia para combatê-la. “O problema com as boas idéias é que elas acabam dando muito trabalho” (Peter F. Drucker)

Jesus acertou em cheio o cerne da questão, aliás, ele sempre fez e faz isso. Concentrava-se no essencial e tratava com indiferença o que fosse trivial. “Vinho novo se coloca em reservatório novo” (Lucas 5.35), isso mesmo. Foi assim que Jesus falou, ou seja, a melhor idéia nova é mudar as estruturas antigas e defasadas. Está na moda a idéia da “(des) construção” ou (des) estruturação no campo da historiografia. Funciona assim, antes se destruíam estruturas para que novas fossem construídas, agora as velhas estruturas são desconstruídas e depois construídas novas estruturas. O segredo está no fato de se ela é desconstruída, alguns materiais poderão ser aproveitados. Uma coisa é certa. A estrutura que está posta não é suficiente em nenhum campo até aqui apresentado.

Mas, e então o que fazer agora? Parar de produzir novas idéias já que as velhas estruturas demoram ser derrubadas, ou será se o caminho é reafirmar as velhas estruturas usando a frase: se não consegue vencer, junte-se a ela? Esta frase é lema da velha estrutura. Agora me recordo de uma frase de impacto: “De nada valem as idéias sem pessoas que possam pô-las em prática" (Karl Marx). Jesus falou que seria melhor guardar o vinho novo em reservatório novo, pois o vinho novo é muitíssimo forte e se derramaria se o mesmo fosse colocado em reservatório velho, ao passo que usando o vinho novo em reservatório novo, ambos seriam conservados.

Sobre novas idéias posso afirmar por experiência própria que é sempre bom tê-las, excelente pô-las em prática, porém o que há de melhor é quando elas surgem do próprio conselho de Deus. Quando são formuladas em comunhão e inspiração divinas. Quando são apresentadas no tempo certo e com a medida de humildade correta de quem a sugere. Idéias. Quando vêm de Deus, temos a inteira liberdade de gritarmos: Eureca, Eureca!!!!! Encontrei o que Deus quer comigo e através de mim, aprendi a experimentar a vitalidade da presença de Deus. Sentir a verdadeira força do empuxo quando achava que estava prestes a afundar. Ah, com essa força que me empurra para cima, que não me deixa mergulhar em minhas próprias desventuras, ganho força que não há estrutura que poderá resistir-me. A nova e definitiva estrutura em breve aparecerá em sua plenitude. Enquanto não vem, fico a esperar e dizer Maranata, que idéia boa de Deus!



FERNANDO COSTA
Assessor ABUB/Norte
SÃO LUIS, MA