31 de agosto de 2009
Viver
28 de agosto de 2009
A vontade de Deus - parte 1
Em se tratando de relacionamentos amorosos, é aí que o “bicho pega”, pois muitos entendem de diversas maneiras o que seria esta “vontade” de Deus. Ao longo da Bíblia, desde Gênesis a Apocalipse, encontramos passagens e exemplos que podem explicar sobre esse assunto. O primeiro caso é encontrado no início de tudo.
Ao analisarmos profundamente o texto de Gênesis 2.18-25, perceberemos algo mais que a criação da mulher: ali está o modelo de um relacionamento segundo a vontade de Deus. O Pai poderia muito bem ter criado Eva a partir do barro, assim como fez com Adão, bem na frente do homem, para que este visse o grandioso poder existente em Deus.
No entanto, a Bíblia diz que “[...] O Senhor fez cair um sono pesado (profundo) sobre Adão, e este adormeceu [...]”. O sono profundo equivale ao estado de anestesia ou mesmo o estado da morte: a pessoa não sente nada, nem sonha, apenas dorme profundamente.
Supomos, implicitamente, o que Deus fizera: “Adão, quero que você entenda que sou Eu quem faço as coisas pra ti, inclusive a tua mulher! Você não precisa fazer nada antes da hora, apenas durma!”. Penso que este seja o desejo de Deus a nós: que não façamos nada antes do tempo de Ele ordenar, apenas dormir.
Outro exemplo é encontrado ainda em Gênesis, agora no capítulo 24. É desta passagem que surgiram as expressões “O meu Isaac” e “a minha Rebeca” (expressões que denotam a pessoa ideal para um relacionamento), mostrando que o episódio é bastante sugestivo.
Isaac estava com 40 anos (equivalente aos 20 ou 25 atuais) e solteiro. A mãe havia morrido e a solidão era sua companheira diária. Sabia, no entanto, que confiar e esperar em Deus é a melhor escolha, como seu pai Abraão ensinara.
Não preciso contar a história toda, pois você deve saber (se não, procure ler!). Quero me centrar na forma como as coisas aconteceram. Abraão, o pai da fé, manda que o seu mordomo vá à terra que o patriarca nascera e traga a mulher de Isaac. É coisa de louco, mas o mordomo foi e trouxe a garota que casou com Isaac e teve dois filhos.
Abraão não sabia quem era a garota, mas tinha certeza de que Deus estava no controle. Isaac não sabia se a moça era bonita, “crente” ou se sabia cozinhar bem (sem machismos, viu meninas?!). Mas, como orava muito (Gn 24.63), entendia que esta era a vontade de Deus.
Rebeca não sabia se o jovem era forte, “marombado”, bonito ou tinha carro; nunca havia recebido uma carta ou cartão do rapaz; jamais recebera um torpedo “apaixonante”; não sabia se o rapaz era romântico ou rude. Entretanto, sabia que aquela era a vontade de Deus.
Percebe-se aí, que não foi preciso que Isaac, o homem dessa história, fizesse muita coisa para estar com Rebeca; não foi preciso que ele a conquistasse com belas palavras, rosas ou bombons. A conquista já acontecera (por Deus), mas a permanência dela veio depois, junto com o romantismo e tudo que um namoro tem direito. Mas isso, após a vontade de Deus.
Outro fator importante é o que Abraão diz: “Se a mulher não quiser te seguir, tudo bem, deixa de mão” (paráfrase minha). Ou seja, a vontade de Deus estava exposta, mas Rebeca tinha uma escolha a fazer: ou ia ou não ia! Ela possuía duas opções: iniciar um relacionamento desejado por Deus, mas no qual não conhecia o rapaz; ou não arriscar a juventude com alguém que não conhecia ou “amava”.
Esse último pensamento é o que mais permeia as mentes dos jovens cristãos, em especial das mulheres. Muitos pensam que para se ter um relacionamento com alguém é preciso se apaixonar (ou estar apaixonado) e amar essa pessoa; pensam que vão achar em alguém o amor que sempre procurou ou desejou. No entanto, o amor não se acha: ele se constrói; é construido e mantido por ambos os lados, e só o tempo, o passar dos tempos é quem vai dizer se há amor ou não.
25 de agosto de 2009
Janelas
Aqui em São Luis(MA), onde possuímos o maior conjunto arquitetônico português de casarões preservados no Brasil, as janelas são uma decoração à parte. Com arcos, esquadrias perfeitas, com madeira e vidro, fazem um contraste colossal com os azulejos ao receberem a incidência dos raios solares.
Se já é lindo olhar pra janelas bonitas, como não será olhar de dentro da casa por elas? Certo que nem toda vista é agradável. Por exemplo, na casa onde morava antes, a janela do meu quarto ficava próximo ao muro, e olhar o céu só se fosse numa pequena fresta acima do muro. Na atual, vejo mamoeiro, mangueira e coqueiros, além do belo nascer do escaldante sol. A vista é bonita, mas só consigo entrever pelos espaços que a grade de ferro não ocupa. Precisamos ver que tipos de grades estão tentando diminuir nossa visão. E ao mesmo tempo, que insegurança foi chumbada em nossos pensamentos e relacionamentos.
Não importa onde as janelas estão. Seja nos espelhados edifícios da Faria Lima ou da Paulista (SP), seja nas cinzentas janelas da Esplanada dos Ministérios (Brasília), ou a janela de uma lancha que conduz viajantes de cidades ribeirinhas, ou ainda janelas de um veículo. Elas têm dupla função: comunicação e proteção.
Podem servir muito bem em comunicar os de dentro com os de fora e ao mesmo tempo permitir que os de fora pareçam bobos ao olharem para uma janela espelhada, sem saber que os que estão do lado de dentro estão sorrindo do seu comportamento. Elas estão por todos os lugares da cidade, são pontos turísticos, podem servir pra alguém espreitar como anda a vizinhança ou ser palco de uma excelente conversa entre amigos. Ah, são muitas as utilidades delas!
Lembro-me que há pouco tempo estive ouvindo Paul Freston, um dos mais reconhecidos sociólogos cristãos da América Latina. Estive alguns dias saboreando das exposições bíblicas de Romanos pelo Paul. Mas tem uma analogia que não saiu até agora da minha cuca. Freston falou sobre dois tipos de liderança. Um tipo é comparado a uma “Janela opaca”, daquelas que não tem graça alguma de se ver, do tipo que não chama atenção, tanto pelo que obscurece de dentro pra fora, como pelo que não permite que seja visto por dentro.
Relaciono isso a uma questão de Justiça, Equidade e Verdade. Certamente você concorda que está faltando muito dessas características em boa parte da liderança cristã que conhecemos. “Por isso a justiça está longe de nós, e a retidão não nos alcança. Procuramos, mas tudo são trevas; buscamos claridade, mas andamos em sombras densas...ao meio-dia tropeçamos como se fosse noite; entre os fortes somos como os mortos”(Is 59.9,10 NVI). Assim como uma janela opaca obscurece ambos os lados, um líder ou até mesmo qualquer um cristão precisa ser comparado ao outro tipo de janela, às transparentes.
Líderes transparentes são aqueles que permitem serem vistos de fora pra dentro, como pessoas normais ou mesmo extraordinárias, em simplicidade e caráter aprovado. Pessoas “transparentes” são como janelas perante lindas paisagens: podem ser instrumentos que possibilitem a luminosidade fazer efeito.
Qual é a graça de se ter uma janela que não seja aberta diariamente? E o que dizer daquelas que por insegurança acabaram dando lugar a tijolos? Poderíamos parafrasear um texto bíblico muito conhecido: “As janelas são muitas, mas as transparentes são poucas, rogai ao Senhor que tire a opacidade e transforme-as em transparentes”.
Resgato o velho Isaías: “Aí sim, você clamará ao Senhor, e ele responderá; você gritará por socorro, e ele dirá: Aqui estou. Se você eliminar do seu meio o jugo opressor, o dedo acusador e a falsidade do falar, se com renúncia própria você beneficiar os famintos e satisfizer o anseio dos aflitos, então a sua luz despontará nas trevas, e a sua noite será como o meio dia...Você será como um jardim bem regado, como uma fonte cujas águas nunca faltam”(Is 58.9-11 NVI).
Quer um conselho? Passe a olhar as janelas de forma diferente a partir de hoje. Procure comparar o grau de transparência entre elas e não se esqueça que há dois tipos de janelas, também de líderes e ao mesmo tempo de cristãos. Ou somos opacos ou somos transparentes! E como diria o Chapelin: o final é você quem decide!
FERNANDO COSTA
Assessor da ABUB na Região Norte
24 de agosto de 2009
Nova diretoria
Como parte de uma nova fase, a ABU São Luís se reuniu neste sábado, 22 de agosto, para eleger novos integrantes da diretoria local. Isto porque, devido à graduação e contratempos de alguns membros, fez-se necessário realizarmos uma eleição extraordinária, já que o normal era que ocorresse no final do ano.
As funções que mudaram de integrante foram: Presidência; 2ª Secretaria; 2ªTesouraria e Secretaria de Literatura. As outras continuaram com os mesmos.
Com a participação de 18 pessoas, inclusive o nosso obreiro, Fernando Costa, as seguintes pessoas foram eleitas para compor a diretoria local até dezembro deste ano:
Adailton Polari - presidência
Haianne Yonara - 2ª secretaria
Carlos Eduaro Sampaio (Carlinhos) - 2ª tesouraria
Jaqueline Diniz - secretaria de literatura
Completam ainda a diretoria:
Carlos Eduardo Colins - vice presidência
Eduardo Oliveira - 1ª secretaria
Taysa Farias - 1ª tesouraria
21 de agosto de 2009
Novos grupos da ABU
São Luís está em festa: além das comemorações dos 40 anos do Núcleo da ABU, que serão realizadas na primeira semana de novembro,tivemos o "nascimento" de mais dois grupos na capital.Um na Faculdade Atenas Maranhense (FAMA) e ou outro na Faculdade Santa Terezinha (CEST).
3 de agosto de 2009

Se há uma coisa que tem ganhado espaço na sociedade brasileira nos últimos anos são os famosos reality shows. Importados da Europa e Estados Unidos, esse programas têm virado mania nacional, ainda mais em um país onde tudo que é estrangeiro vira “febre”.
O primeiro desse tipo foi o No Limite, estreado na Rede Globo, em julho de 2000. Os participantes, divididos em duas equipes, conviviam em uma floresta, realizando provas de resistência, sendo que ao final, teriam um vencedor.
Outro pioneiro foi a Casa dos Artistas, iniciada no final de 2001. Transmitido no SBT, o programa teve a participação de famosos como Supla, Bárbara Paz, Alexandre Frota, Mari Alexandre, entre outros. A idéia era assistir belas mulheres e homens conviverem com poucas roupas, namoros, e até outras coisas!
Mas quem fez sucesso mesmo foi o Big Brother Brasil. Tendo início um mês após o término da Casa dos Artistas, o reality foi apresentado na Rede Globo, entre os meses de janeiro e abril de 2002. A diferença está na ausência de famosos neste último. Kléber Bambam foi o vencedor de meio milhão de reais. Depois desta edição, foram realizados mais nove programas do BBB.
A Record procurou não ficar atrás e, no final de 2004, lançou o reality O Aprendiz. Apresentado pelo publicitário Roberto Justus, a temporada teve 15 programas. A idéia, entre outras, era ter um vencedor para trabalhar nas empresas de Justus. Atualmente, o programa A Fazenda é o novo reality show da emissora.
O mais interessante e intrigante é o objetivo desses programas. No domingo, me sentei pra ver um pouco do reality No Limite. Nunca tinha parado pra assistir ou analisar aquele programa. Fiquei estarrecido ao perceber o objetivo dos participantes das duas equipes.
Em uma das provas (para adquirir alimentos), ficou claro a individualidade de cada um. Era preciso fazer um percurso cansativo até o topo de um areal, sendo que a equipe vencedora teria direito a algumas galinhas. Foi dada a largada: alguns sairam na frente e chegaram também. Mas outros estavam se cansando, por isso alguns corriam juntos com aqueles.
Ao final, uma das integrantes não conseguiu chegar a tempo, o que ocasionou a perda do primeiro lugar, para decepção e tristeza dos membros da equipe. Ficaram pensando: “Se tivéssemos ajudado, ela teria chegado, e não perderíamos...”.
Ficaram tristes não pelo fato de a equipe não ter vencido, mas pelo fato de que cada um, individualmente, iria ficar sem comida. Primeiro o meu direito, depois, o da equipe. E isto é mais que normal em uma competição: uma pessoa entra pra ganhar; não há como ficar feliz quando o outro vence; numa sociedade moderna, isto é “conjunto inexistente”.
Tudo isso que as pessoas buscam ou fazem é o contrário do que o Mestre pediu que fizéssemos. Em um certo momento, Jesus é surpreendido por uma mãe que, assim como qualquer outra, só quer o bem para os filhos. Ela chega e pede que Cristo desse um lugar para os dois filhos no Reino. Sorrindo, talvez, Ele diz a ela que no Reino as coisas não são assim: isto cabe ao Pai.
Os discípulos ficam zangados: “Tão tirando o Mestre, é?!” Jesus, manso e humilde como sempre, acalma-os: Peraí gente. Vocês sabem muito bem por quem eles são dominados; os poderosos mandam neles. Mas entre vocês não pode ser assim, pois o que quiser ser importante, que sirva aos outros, e quem quiser ser o primeiro, que seja o escravo de vocês...”.
Ser o primeiro não era a frase favorita de Cristo. Por algumas outras vezes, o discurso vai se repetir. A todo momento chegava alguém perguntando: “Quem é o maior de nós, Mestre?”. E Jesus sempre respondia de maneira oposta aos questionadores. Esse foi um dos motivos que O levaram à morte: Ele não queria posições; a vontade do Pai bastava.
E conosco?! Como é difícil viver da forma como Ele pediu que vivêssemos. Mas não impossível, se não Ele não haveria falado “sede perfeitos, como é o vosso Pai”, ou “vocês só entrarão no Reino do Céu se forem mais fiéis em fazer a vontade de Deus do que os mestres da Lei e os fariseus”.
Cabe a nós, pelo menos, tentar sermos parecidos com Aquele que acreditou que poderíamos ser assim.